Nesta quarta-feira, comecei num emprego novo depois de quatro anos e meio no mesmo lugar. O outro trabalho era como eu, ogro. As poucas cadeiras novas são disputadas a tapas, gravadores e fones de ouvido que funcionam a base da fita crepe, operador que vê foto de sacanagem no estúdio e acha normal, uma redação cheia de gente que fala alto, uns comentam novela e fofoca de celebridades, outros reclamam do barulho e ouvem músicas-cabeça. E ainda por cima o prédio tem vazamento de radiação das antenas. Um verdadeiro caos.
Agora, trabalho numa sala silenciosa com apenas mais três mulheres. Tenho mesa, cadeira e computador só pra mim. No final do dia, o garçom vem servir lanchinho pra quem fica até mais tarde. Academia grátis [não que eu pretenda freqüentar, mas é bom que ela esteja lá]. Outro detalhe: é preciso falar baixo porque as divisórias são finas e as pessoas nas salas vizinhas reclamam. Claro, já bateram na parede no dia em que cheguei...
Ainda não identifiquei meus semelhantes, se é que eles existem por ali. Se bem que no emprego anterior demorou um tempo pra encontrá-los. Mas a pergunta é: Será que vou me adaptar? Acho que se o trabalho não me consertar, eu que vou ograr o trabalho.
3 comentários:
Hahahah...você é engraçada Cecília.
Descreve bem os lugares....
Avante nesse mar daí mulher! Talento você tem...
Beijo!
Guilherme Strozi
Gostei, muito legal. Tu é muito figura, engraçada e complexa... rsrsrs Beijos
Creio que já se adaptou... Não sei se identifica seus semelhantes, mas, todos são! depende muito com que olhos vc pretende vê-los.
Adorei...
Beijo ;)
Postar um comentário